Amigo, eu concordo
que esses aspectos apontados por você são pontos negativos. Ignorar a
existência da individualidade do cidadão, o fato de que algumas pessoas são
mais capazes e outras menos capazes, renegar o talento, a livre iniciativa e os
direitos autorais com certeza é ignorar a individualidade do ser humano e é
também privilegiar a mediocridade. Qualquer estado que faça isso é injusto e
fatalmente acabará por ser derrubado “minado por dentro”.
Mas tenho algumas
poucas coisas a dizer:
Não vejo de forma tão radical assim esse trecho do texto
“Uma grande parte do lucro das empresas
estatais, que seria destinado a você, jamais chegaria às suas mãos, pois muitas
vezes, não seria convertido em benefícios diretos para você e sua família, ele
seria usado em coisas que em nada auxiliariam ou estariam ligadas a sua vida”.
Penso que SE o estado se responsabilizasse por educação, saúde, saneamento,
etc... isso refletiria sim em minha vida e na vida de minha família: Não
gastaríamos fortunas com educação e planos de saúde, não precisaríamos de
carros e se parte do meu lucro fosse usado para que eu pudesse caminhar pelas
ruas sem tropeçar em buracos, sacos de lixo e crianças abandonadas, eu daria
com prazer essa parte do meu lucro.
Daí que, quanto a isso aquela outra parte
do texto “Ou seja, independente da
profissão e tempo que você teve que disponibilizar para se formar, seu salário
será exatamente igual ao de todos os outros profissionais que trabalham em
qualquer outra área” continuaria sendo verdade, mas não muito porque o
tempo e o esforço gastos sim, continuariam sendo meus, mas o investimento
financeiro em educação deixaria de sair do meu salário.
Eu não me importaria de
ter o mesmo salário de um lixeiro, desde que tanto ele quanto eu conseguíssemos
viver com dignidade em um país sem miséria.
Estou falando tudo
isso considerando a situação como TEORIA. Na prática, acho, o que acontece é
que o governante se perpetua no poder e boa parte desse lucro que seria para
todos fica nas mãos dele e dos seus “amigos” que continuam, na prática, sendo
MUITO capitalistas.
Ou pior, voltando àquele regime dos regentes superpoderosos
cujas atitudes e a revolta por elas deram origem à Revolução Francesa: “L’ état c’est moi”.
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